O grupo de hackers Fatal Error Crew publicou no Twitter uma lista com 500 sites de prefeituras e câmaras municipais que eles dizem ter tirado do ar nesta quinta-feira (23). Esse é o mesmo grupo que no último fim de semana vazou supostas informações de funcionários do Exército.
Os sites da Presidência da República e do Ministério dos Esportes também saíram do ar hoje, mas pela ação de outro grupo de piratas virtuais.
Os hackers do Fatal Error Crew escreveram no Twitter: “pra começar nesse feriado, 500 sites dos ladrões DOWNNN”. O grupo disse ainda que tirou do ar páginas de prefeituras e câmaras municipais de vários Estados.
A maioria dos sites atacados são de municípios pequenos do interior do país, mas também há na lista cidades de médio porte, como Altamira (PA), Bento Gonçalves (RS), Chuí (RS) e Diamantina (MG). Nenhum site das capitais estaduais foi atingido.
No página do Twitter do grupo há um link com a lista completa de todos os endereços.
Site da presidência sai do ar.
Além dos sites das prefeituras, os endereços eletrônicos da Presidência da República também saíram do ar. o www.presidência.gov.br e o www.info.planalto.gov.br, voltaram a ficar fora do ar nesta quinta-feira (23), após os ataques de hackers aos endereços virtuais do governo ocorridos na quarta-feira (22).
Procurada, a assessoria de imprensa do Planalto não confirmou que haja relação entre os ataques e o fato de os sites estarem fora do ar hoje. De acordo com o Planalto, pode estar ocorrendo uma manutenção de rotina. Entretanto, em manutenções desse tipo a assessoria costuma avisar com antecedência que os sites ficarão indisponíveis, o que não aconteceu desta vez.
Segundo apurou o R7, os sites podem ter sido tirados do ar por precaução pela equipe de informática do governo. Ontem, um ataque de hackers derrubou esses sites, além dos endereços na web da Receita Federal e da Petrobras. Posteriormente, o grupo LulzSecBrazil divulgou supostos dados pessoais da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
O LulzSecBrazil é o braço brasileiro do grupo coletivo internacional Lulz Security, que vem ganhando notoriedade por ataques recentes aos servidores da CIA (agência de inteligência americana), do FBI (polícia federal americana), do serviço público de saúde britânico, o NHS, da empresa Sony e das TV americanas Fox e PBS.
O arquivo com os dados de Dilma e Kassab trazem informações como números do CPF e do PIS, data de nascimento, telefones, signo, nome da mãe (no caso do prefeito) e e-mails pessoais (também só no caso de Kassab). Muitas dessas informações são públicas e constam, por exemplo, da prestação de contas dos mandatários durante as campanhas eleitorais.
O grupo disponibilizou também outros dois arquivos - um deles com supostos caminhos para o recebimento de e-mails pessoais de funcionários da Petrobras e outro com supostas senhas e logins de acesso a áreas restritas do site do Ministério do Esporte.
De acordo com o coordenador de comunicação social do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados, o órgão responsável pelos principais sistemas informáticos do governo federal), Carlos Marcos Torres, nenhum dos sites administrados pelo órgão sofreu invasão que pudesse expor dados sigilosos do governo ou de cidadãos.
Durante o ataque foram registrados cerca de 2 bilhões de acessos em um horário em que, normalmente, eles são “praticamente nulos”, disse o diretor superintendente do Serpro (Serviço de Processamento de Dados), Gilberto Paganoto.
De acordo com Paganoto, o “impressionante volume de acessos conseguido em tão pouco tempo” levou o Serpro a retirar os sites da Presidência da República e do Portal Brasil do ar entre a 0h40 e 01h40.
fonte: R7
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