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sábado, 11 de junho de 2011

Excursão de oficiais dos Bombeiros ao exterior vale R$ 930 mil.





Corpo de Bombeiros gastará R$ 14 mil para custear hospedagem e alimentação de cada um dos 33 tenentes-coronéis que farão viagem de 20 dias à Europa.

Rio - O mar está para os peixes graúdos no Corpo de Bombeiros. O orçamento da Secretaria de Defesa Civil prevê para este ano a despesa de R$ 930 mil com viagens internacionais e nacionais de 75 oficiais. A maior fatia da receita, perto de R$ 660 mil, ficará com 33 tenentes-coronéis.

Cada oficial de alta patente receberá R$ 14.389,76 só para alimentação e hospedagem por cerca de 20 dias em Portugal, Alemanha, Itália e França — equivalente a diária média de R$ 720, mais da metade do salário pago pelo estado a soldado bombeiro em início de carreira, hoje fixado em R$ 1.187,37.

As viagens dos 75 oficiais fazem parte dos cursos de Superior de Comando (tenentes-coronéis) e Aperfeiçoamento de Oficiais (para capitães) e servem para trocar conhecimento e experiência. As aulas começaram em maio, na Escola Superior de Comando de Bombeiro Militar,
em Guadalupe.

No
tour de Setembro deste ano pela Europa, os alunos terão a obrigação de visitar quartéis de Bombeiros ou de Defesa Civil de quatro cidades nos países. No final, a única obrigação é apresentar um relatório.
A previsão de despesas com o passeio foi publicada nos boletins internos da Subsecretaria de Defesa Civil nos dias 4 e 5 de maio. O Corpo de Bombeiros destinou R$ 474.862,08 para hotel e alimentação de 33 tenentes-coronéis na Europa e mais R$ 219.770,08 para 42 capitães, na América do Sul.

O custo das passagens ainda não foi calculado. Mas como os destinos são semelhantes aos de anos anteriores (Europa e EUA), os coronéis devem gastar R$ 190 mil da Defesa Civil, enquanto os capitães morderão mais R$ 45 mil.

Em 2010, 32 tenentes-coronéis e três coronéis percorreram, entre 5 e 28 de Setembro, Barcelona, Roma, Londres e Paris. Foi a 1ª vez que o passeio ganhou incremento financeiro do Corpo de Bombeiros. Nos anos anteriores, o passeio era restrito a dois países. E levou R$ 800 mil. Segundo a Secretaria de Defesa Civil, as viagens permitem conhecimento de novas tecnologias. A escolha dos países se baseia na experiência em eventos internacionais.





Roteiro de viagens por "centros de excelência" Europeus.





A turma de 2010 contou com um convidado fora de hora: o coronel Itamar de Oliveira, na época subchefe do Estado-Maior dos Bombeiros. Ele entrou na excursão dos alunos por Paris, Londres, Barcelona e Roma. É que o tenente-coronel Marco Aurélio de Queiroz desistiu da viagem e, para não perder o espaço na delegação, o comando indicou Itamar. Embora o grupo já estivesse com a cota preenchida de dois supervisores: os coronéis Jorge Sampaio de Deus Filho e Hélio de Oliveira.


Os responsáveis pela elaboração das viagens dos alunos da Escola Superior dos Bombeiros também gostam de alguns países, em especial França, Itália e Alemanha. Nos últimos anos, estes têm sido sempre alguns dos endereços frequentados pelas turmas de tenentes-coronéis. França e Itália serão visitadas dois anos seguidos. Um sucesso.


A Secretaria de Defesa Civil defende a repetição de cidades na viagem dos oficiais, ao invés da alternância para levar seus comandantes a conhecer o funcionamento de todos os quartéis do mundo. Na visão dos bombeiros, a escolha recai sempre sobre os “centros de excelência” e vale a pena para o estado mesmo sob o risco de, em poucos anos, todos os oficiais conhecerem as mesma instalações.


Outra defesa da secretaria está na exigência de levar todos os formandos e não só um grupo multiplicador. A tese é de que os oficiais que participam da viagem, no retorno ocuparão cargos estratégicos no Corpo de Bombeiros. Da última turma, no entanto, nenhum dos alunos está em cargo de chefia.

Luta para igualar salário ao da capital.





O reajuste salarial de bombeiros, PMs e policiais civis está em discussão na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara.

Os parlamentares estudam as PECs 300/08 e 446/09, que estabelecem piso nacional e igualam os salários dos servidores de todo País aos do Distrito Federal. Lá, o piso dos militares é de R$ 4,8 mil, quatro vezes mais que o daqui. A equiparação foi uma das exigências dos bombeiros, que, há 10 dias, invadiram o QG.

A Secretaria de Planejamento explicou que as remunerações dos militares do DF são pagas por fundo constitucional. E que, pelo princípio federativo, estados têm autonomia para estabelecer políticas de RH.

Bicos: Camelô e Limpador de Piscina nas horas vagas.

Os baixos salários empurram os bombeiros para ‘bicos’. Há 20 anos na corporação, o 2º sargento Paulo Nascimento, 42, paramédico do Grupamento de Socorro de Emergência do Catete, já trabalhou até de camelô. “Ganho R$ 2,8 mil. Para pagar as contas, dou aulas de Segurança no Trabalho e Primeiros Socorros em faculdades e cursos comunitários. No início, trabalhei de camelô na rodoviária de Campo Grande”.

O cabo Jorge de Oliveira, 41 anos, do 2º GMAR, limpa piscinas: “Com um salário líquido de R$ 1.150, não conseguiria adquirir um bem material sem o 'bico'".

A inflação vai corroer o reajuste.




Considerando a inflação anual de 6% ao ano, o reajuste de 5,58% concedido pelo governo aos bombeiros, PMs, policiais civis e agentes penitenciários vai representar, ao final de quatro anos, um ganho real de 22,7%.

Isso significa, segundo o economista Marcos Henriger, que os R$ 2.077,23 que o soldado vai receber em Dezembro de 2014 representará um poder aquisitivo de R$ 1.654,36.

Para o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), autor da PEC 300 — que equipara os salários dos bombeiros e PMs com o dos militares do Distrito Federal —, a crise da corporação pode pressionar para que a votação da proposta entre logo na pauta.


fonte: o dia

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